Entre 1930 e 1960, o rádio viveu o seu período de glória no Brasil, sendo considerado o principal veículo de comunicação do país.
A conhecida “Era do Rádio” revelou vários artistas, cantores e apresentadores, influenciando fortemente as produções audiovisuais que conhecemos hoje.
Há quem diga que o rádio não irá mais existir por causa do boom da internet e a expansão de várias plataformas. Mas essa discussão já pautou a mídia com o advento da televisão e, reestruturando a sua forma, o rádio sobreviveu e sobrevive à chamada “Era Digital”.
Claro que boa parte das mudanças mostraram-se indispensáveis para a continuidade do rádio – tanto no formato e até na reprodução de materiais. No entanto, não haverá a “morte do rádio” tão cedo.
No artigo de hoje, saiba como adaptar o rádio aos tempos de hoje e a importância desse meio de comunicação. Acompanhe a leitura!
O consumo do rádio no Brasil
Um estudo realizado pelo Ibope Media demonstrou que:
- 76% dos brasileiros ouvem rádio;
- 61% dos ouvintes consomem conteúdos online e offline;
- 38% das pessoas ouvem somente por streaming;
- Mais de 4h33min é o tempo médio de escuta.
A pesquisa ainda mostrou que não é verdadeira a ideia que de os jovens não têm interesse no rádio. Cerca de 86% dos ouvintes são pessoas de 20 a 49 anos.
Por conta disso, seja em mídias online ou offline, o rádio ainda é visto como um meio de comunicação extremamente abrangente e forte.
Não é à toa que muitas estratégias publicitárias usam o canal para divulgação de produtos ou serviços.
Além de ser uma opção mais barata, o ouvinte pode consumir uma propaganda sobre um serviço de plotagem veicular enquanto dirige para o trabalho, faz um almoço ou estuda.
Com isso, ele se sente menos invadido, ao contrário da televisão, que interrompe uma programação ao meio e que, em muitos casos, o espectador não está realizando outra atividade.
Quais as barreiras o rádio teve que ultrapassar até hoje?
O rádio não se transformou do dia para a noite. Muito do que conhecemos hoje desse veículo são processos de reestruturações e mudanças contínuas, já que antes mesmo da internet, o rádio precisou lidar com a televisão.
A partir dos anos de 1950, a TV invadiu os lares brasileiros.
Embora o equipamento não se mostrasse acessível para grande parte da população na época devido ao seu alto preço de investimento, a produção cultural percebeu na televisão uma ótima oportunidade para o sucesso e já soube que o veículo faria sucesso.
Assim, atores e atrizes migraram para o audiovisual e muitos programas de auditório tiveram suas exibições nas telas. Em conjunto, as músicas, antes tocadas ao vivo, passaram a ser gravadas em discos.
Como consequência, os rádios passaram a oferecer uma propaganda mais diversificada, com foco em notícias rápidas, já que a produção para a televisão ainda não era tão veloz quanto hoje.
Na década de 1970, outra mudança significativa chegou aos rádios: a migração do AM para o FM. Com isso, a qualidade sonora ficou muito melhor, um chamariz para as músicas, noticiários radiofônicos e publicidade.
Dessa forma, se hoje conseguimos ouvir uma propaganda sobre impressão de foto a laser pelo rádio com uma qualidade do som impecável, deve-se ao FM.
Por fim, o desenvolvimento dos transistores permitiu a recepção móvel, para que os ouvintes pudessem ouvir as programações em vários lugares – uma verdadeira revolução para o canal de comunicação.
A internet
Atualmente, a internet mudou não só o rádio, mas muitos outros meios de comunicação.
Embora o consumo de conteúdos offline ainda tenha relevância, a produção radiofônica voltou-se à elaboração dos famosos podcasts, um material entregue em áudio, disponível em plataformas online.
Além disso, o consumidor pode procurar um podcast de acordo com a sua preferência. Se ele quer saber como instalar um balcão promocional expositor, basta “dar um Google” e encontrar o conteúdo.
No Brasil, os programas de áudio sob demanda cresceram mais de 67%. Mais de 25% dos ouvintes consomem mais de meia hora de podcasts por dia.
Mais do que oferecer o consumo online, a programação de rádio hoje se integra com várias mídias, inclusive com a internet.
Assim, se um usuário ouvir uma propaganda de folheto a3 e quiser conhecer o parceiro do veículo, basta acessar o site da rádio para se deparar com novas informações.
Conclusão
Engana-se quem pensa que o rádio está prestes a morrer. Muito pelo contrário, o veículo foi e ainda é consumido por grande parte dos brasileiros, seja na internet ou de modo offline.
Ou seja, a importância do rádio como veículo de comunicação é inegável. Ainda hoje, ele se apresenta como uma das mídias mais democráticas, oferecendo acesso à informação para pessoas de todos os lugares, níveis socioeconômicos e condições culturais.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.